A Federação Nacional das Associações dos Motoristas Transportadores da Guiné-Bissau ameaça paralisar o setor de transporte terrestre caso continuem as cobranças do Fundo de Conservação Rodoviária.
A ameaça foi feita nesta quarta-feira, 17 de julho de 2024, em Bissau, durante uma conferência de imprensa cujo objetivo era reagir ao comportamento do governo em relação ao cumprimento do memorando assinado sobre o pagamento de fundos para a conservação rodoviária.
Na ocasião, Bubacar Frederico Félix Hoffer, porta-voz da organização, alertou seus associados a não pagarem o fundo, justificando a decisão pela falta de condições das estradas no país.
"Nós, enquanto Federação, vamos instruir todos os nossos associados a não pagarem o fundo rodoviário devido à má condição das estradas do país", afirmou o sindicalista, destacando que a maioria das estradas do país se encontra em estado avançado de degradação.
No mesmo encontro com a imprensa, Bubacar Hoffer denunciou a criação de uma nova entidade pela Direção-Geral de Viação e Transportes Terrestres, denominada "Agência Nacional de Segurança Rodoviária", que, segundo ele, tem usurpado as competências de outras entidades reguladoras.
"Foi criada uma Agência Nacional de Segurança Rodoviária que já está em funções cobrando multas exorbitantes dos nossos clientes, e o pagamento dos documentos é feito na conta da Direção-Geral de Viação", denunciou.
O Memorando de Entendimento assinado entre o governo e a Federação dos Motoristas prevê, entre outros pontos, a redução de postos de controlo nas estradas, a proibição da emissão de todos os documentos e a criação de um guichê único.
Fonte: RSM